domingo, 22 de setembro de 2013

Atividades sobre o Filme: Poder além da vida


O filme possibilita trabalhar muitas questões de valores e pode ser utilizado também para ajudar os alunos a construir uma boa interpretação de texto. abaixo produzi algumas atividades que podem ser utilizadas e adaptadas para este filme. Para respondê-las poderá ler a resenha que está disponível no marcador resenhas, ou Clique aqui!


01) Marque a alternativa que apresenta o nome verdadeiro do autor do livro O caminho do Guerreiro pacífico (Way of the peaceful warrior), que inspirou o filme Poder além da vida.

a) Scott Mechlowicz
b) Nick Nolte
c) Amy Smart
d) Dan Millman
e) Nenhuma das respostas acima

02) H1 – Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. (15)

(a) Paradoxo
(b) Humor
(c) Mudança

(___) A vida não pode ser levada ao pé da letra, é preciso se descontrair e perceber que a maior parte do que fazemos pode ser vivida com um pouco de diversão e encarando a vida de uma forma lúdica. Esse é o segredo para não viver amargamente.
(___) A vida sempre se apresenta de uma forma, enquanto na verdade a realidade é outra. Buscamos compreendê-la, mas nem sempre é fácil. Essa busca de auto conhecimento nos confunde e demoramos a ver uma luz.
(___) A única coisa que deve ser levada em conta na vida é que temos um mundo passageiro a nossa frente. As vezes nos iludimos com algo que logo se vai e isso é o maravilhoso da vida, perceber que a cada momento novas coisas podem acontecer.


03) O jovem atleta num diálogo com Sócrates escuta uma primeira indagação: “você é feliz?” Qual o significado desta pergunta?

a) Se ele tinha dinheiro suficiente para pagar as contas do supermercado.
b) Se ele se preocupava com as notas da faculdade que estavam ruins.
c) Se a falta de sexo o afetava.
d) Se tudo o que tinha lhe bastava.
e) Se ele tinha preconceito de ser atleta.

04) Qual o significado de Millman usar o nome Sócrates para sua idealização de vida?

a) Porque ele não gostava desse nome, assim era mais fácil aprender a ser um atleta.
b) Porque Sócrates era um nome difícil de se pronunciar.
c) Para ficar diferente de Joy que chamava essa pessoa de Buda.
d) Porque Sócrates representa a razão e a maturidade que queria ter.
e) Nenhuma das respostas acima.

05) Qual o sentido da frase: Pois “todas as ações têm suas satisfações e seu preço, reconhecendo os dois lados o mundo se torna mais realista e responsável por suas ações”. Explique em no mínimo 5 linhas.

06) Explique a frase: “Pois é na jornada que a felicidade se desenvolve”. Explique em no mínimo 5 linhas.

Para pensar um pouco...


“...Quase toda humanidade vive um dilema, quando não conseguem o que querem sofrem, e mesmo quando conseguem exatamente o que querem continuam a sofrer, porque não podem se agarrar a isso sempre” Filme: Poder além da vida.

Resenha do Filme: Poder além da vida


O filme é baseado em fatos reais e pode ser considerado um material semiautobiográfico de Dan Millman, autor do livro intitulado O caminho do Guerreiro pacífico (Way of the peaceful warrior). A partir deste livro foi criado o filme Poder além da vida sob a direção de Victor Salva. O Filme é classificado como drama e foi lançado nos Estados Unidos no ano de 2006. O protagonista desta trama é o próprio Dan Millman interpretado pelo ator Scott Mechlowicz que é um ginasta muito entusiasmado pelo que faz e desejoso em participar das olimpíadas. Nada lhe falta: dinheiro, mulheres, faculdade, amigos e muitos troféus, mas mesmo tendo tudo isso um caos atravessa a sua vida, um caos no sentido de que as coisas se tornam desordenadas para uma hora se organizar. É preciso compreender que a vida é formada por essas forças antagônicas e que elas lutam dentro de nós para nos revelar quem somos.
O filme apresentou algumas regras sobre a vida que se apresenta sob os conceitos de paradoxo (a vida é um mistério, não desperdice seu tempo tentando compreendê-la), humor (mantenha seu senso de humor, principalmente em relação a você mesmo, é a força além de todas as medidas) e mudança (nada permanece imutável). Quem levou Millman nesta caminhada de descoberta foi Sócrates, que foi o eixo principal de suas novas descobertas, esse personagem é interpretado pelo ator Nick Nolte. Em meio a essa amizade aparece uma linda jovem chamada Joy (Amy Smart) que ajudará o ginasta a prosseguir sua trajetória em busca do conhecimento de si mesmo, das vitórias e do grande ideal que começara a almejar: ser um guerreiro de verdade, ou como explicita no livro de Dan Willman: um guerreiro pacífico.
O filme pode ser interpretado por diversos vieses. Citarei algumas cenas específicas para apresentar uma forma peculiar de assistir ao filme. Podemos começar numas das primeiras cenas do filme quando o jovem num diálogo com Sócrates escuta a primeira indagação: “você é feliz?”. A pergunta veio porque o jovem se ostentava em saber responder qualquer coisa. Nada lhe faltava, assim esta pergunta chega como um terremoto que estremece as bases psicológicas de uma pessoa segura de si. A primeira resposta partindo de Millman não poderia ser diferente: “o que felicidade tem a ver com isso?”, pois para uma pessoa materialista como ele o mais importante na vida é o que se pode conseguir com seu dinheiro: bens, títulos, mulheres etc.
No momento dessa pergunta partindo do pressuposto de que Sócrates é apenas uma idealização de seus desejos faz que o jovem atleta pense um pouco em tudo o que está fazendo. Será que vale a pena todo esforço se perdermos a nós mesmos? Buscamos conhecer o mundo e todas as coisas e nos esquecemos de quem somos e do que somos realmente capazes. Muitas vezes nos colocamos diante de nós mesmos e tememos ver e conhecer essa pessoa que se apresenta a nós. Pensamos ser mais forte que somos, mais inteligente que apresentamos, enquanto no fundo olhamos apenas para o nosso próprio ideal. Sócrates no filme representa a figura de um filósofo grego, um homem maduro que sabe tomar as decisões e que tem consciência de que “sabe que não sabe nada”, ou seja, pode aprender muito com as outras pessoas e retirar o conhecimento de dentro de cada delas.
Antes da cena do assalto, Millman se questionava sobre os valores que tinha. Sobre o que é certo e errado e percebeu que há uma convenção sobre o que é certo: em relação aos outros, ao que sabemos ou viver como vivemos. Aprendeu que não existe certo e que nunca vai estar certo ou mais errado que os outros. Que é preciso ter consciência de suas escolhas. Pois “todas as ações têm suas satisfações e seu preço, reconhecendo os dois lados o mundo se torna mais realista e responsável por suas ações”. Após essa reflexão ele sai do lugar em que estava e é assaltado, num primeiro momento ele pensa em revidar, no filme, ele diz isso para Sócrates: “uma pequena vantagem na hora e no lugar certo”, pois Sócrates poderia acabar com eles. Na verdade quem poderia acabar com eles era o ego de Millman que se achava forte o bastante para iniciar um duelo, mas ao perceber uma arma apontada em sua cabeça, a situação muda. No filme Sócrates joga a carteira, nesse momento é Millman, sua parte madura e racional que age, não reagindo. Esse é um dos ensinamentos do filme, ser um guerreiro pacífico, ou seja, você pode ganhar a guerra de uma forma inteligente.

O filme se desenvolve com inúmeros ensinamentos nesse sentido. Um dos precípuos é que pensamos que nossa alegria se encontra no destino que traçamos, mas nos enganamos. Pois é na jornada que a felicidade se desenvolve. Nossa vida precisa ser vivida intensamente no presente, não em desejos futuros ou recordações do passado. Assim o filme mostra que é possível atingir nossas metas quando colocamos o coração no aqui e agora, lugar fértil onde se pode cultivar uma história de autoconhecimento.

(Resenha publicada no TG-DOXA no dia 03/06/2013)

sábado, 21 de setembro de 2013

Atividades sobre o Filme: E seu nome é Jonas


Abaixo seguem algumas atividades que poderão ser adaptadas para trabalhar algumas questões do filme: E seu nome é Jonas. Estas foram trabalhadas com estudantes do 7º Ano. Como base para respondê-las eles assistiram o filme e leram a resenha que escrevi que podem ser acessadas clicando em: Filme / Resenha.

01) Marque a alternativa que apresenta o nome verdadeiro do protagonista do filme E seu nome é Jonas.

a) Sally Struthers
b) Richard Michaels
c) James Woods
d) Jeff Bravin
e) Nenhuma das respostas acima

02) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.

(a) Oralismo
(b) Língua de Sinais
(c) Linguagem Mista

(___) É uma linguagem que emprega simultaneamente palavras escritas ou faladas e imagens.
(___) É um exemplo de emprego da linguagem não-verbal. Há um uso de gestos para se comunicar.
(___) Consiste em ensinar as crianças a falar, ler lábios, para que possam se comunicar com ouvintes.

03) Qual o sentido da frase: “Após descobrir que o diagnóstico não era compatível com a realidade do garoto...”

a) Que o diagnóstico não era próprio para crianças da idade de Jonas.
b) Jonas não conseguia compreender seu diagnóstico, por isso era surdo.
c) O diagnóstico estava errado. Afirmava uma coisa enquanto era outro o problema.
d) Quem descobriu o erro foi o próprio Jonas e seu pai, por isso o buscou no hospital.
e) Jonas não teve nenhum diagnostico, pois era considerado retardado.

04) Inclusão Social é um termo amplo, utilizado em contextos diferentes, em referência a questões sociais variadas. De modo geral, o termo é utilizado ao fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência às escolas de ensino regular e ao mercado de trabalho, ou ainda a pessoas consideradas excluídas, que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade. De acordo com filme houve inclusão social quando:

a) Jonas foi internado no hospital, pois aprendeu a cuidar bem de si.
b) Jonas ganhou de presente uma bicicleta e pode interagir com outras crianças.
c) Jonas conheceu a língua de sinais e pode se comunicar com a sociedade em geral.
d) Jonas foi forçado a falar, fruto da escola que apresenta o oralismo como solução social.
e) Nenhuma das respostas acima.


05) Qual o sentido da frase: “...Dessa forma Jonas teve a partir do contato com a língua de sinais a possibilidade de viver como uma criança normal”. Explique em no mínimo 5 linhas.

06) No filme foi apresentado duas formas de se ajudar as pessoas com surdez. Jonas tentou as duas, mas somente uma foi proveitosa a ele. Responda as questões abaixo.

a) Quais as duas formas apresentadas no filme e no texto (resenha)?

b) Qual a forma que Jonas aproveitou mais? Explique.

c) O que você pode aprender com o Filme: E seu nome é Jonas? Descreva em no mínimo 5 linhas.

Resenha do Filme: E seu nome é Jonas


Resenha do filme: E seu nome é Jonas (And your name is Jonah)


O filme E Seu Nome é Jonas (And Your Name Is Jonah) é classificado como drama e foi lançado em 1979 nos Estados Unidos sob a direção de Richard Michaels e apresenta a vida de um garoto surdo que viveu durante três anos em um hospital para crianças retardadas. O motivo dessa internação foi um diagnóstico errado dado por um médico da própria família. Após descobrir que o diagnóstico não era compatível com a realidade do garoto e que seu problema era apenas a surdez, os pais de Jonas (Jeff Bravin) o buscaram para viver novamente como uma criança normal junto ao seio familiar. Mas a partir daí ele encontrou vários obstáculos como o preconceito e a falta de informação por parte da própria família e sociedade para acolher e compreender as diferenças que existem em nosso meio.
Uma das maiores barreiras que Jonas enfrentou foi a da comunicação. Ele não compreendia o que as pessoas queriam dizer, não aprendeu a se comunicar no hospital, somente fazia as coisas básicas como comer sozinho e se vestir. Em casa Jonas foi incompreendido e o peso do diagnóstico errado ainda pairava sobre ele. O pai (James Woods) de Jonas não teve paciência para acompanhar seu progresso e resolveu deixar o lar para viver uma vida mais “tranquila”, ou seja, é mais fácil cortar o problema que pensar em resolvê-lo. A criança só precisava de um pouco de atenção e amor para superar as primeiras dificuldades e não teve isso por parte do próprio pai. Em compensação a mãe (Sally Struthers) o acompanhou durante esse processo buscando compreender o fenômeno da surdez para encontrar uma melhor maneira de convivência com alguém que tem uma forma diferente de se comunicar.
A primeira tentativa da mãe foi levar Jonas para uma escola que tinha como objetivo o “oralismo” que consistia em ensinar as crianças a falar, ler lábios, para que pudessem se comunicar com ouvintes e dessa forma se apresentarem como “normais” dentro da sociedade que dificulta a vida das pessoas que apresentam alguma diferença. Tal escola proibia qualquer comunicação em sinais, pois acreditavam que com isso as crianças se “tornavam preguiçosas para aprender a falar”, mas no filme essa metodologia não foi proveitosa, para Jonas. Ele encontrou uma forma melhor de se comunicar quando teve contato com a língua de sinais. A vida passou a ter um significado para ele, pois conseguiu compreender o que as pessoas queriam lhe dizer ao mesmo tempo que ele também poderia se expressar a partir de sua língua materna.

Dessa forma Jonas teve a partir do contato com a língua de sinais a possibilidade de viver como uma criança normal. A linha condutora do filme persiste em apresentar as dificuldades e possibilidades que uma pessoa surda encontra em sua vida. Se retirarmos o nosso próprio preconceito poderemos ajudar não só a comunidade surda, mas a nós mesmos. Podemos aprender muito com essa cultura e enriquecer a nossa vida partilhando o conhecimento e buscando uma abertura ao diferente que muitas vezes nos assusta, mas que pode ser a ponte para uma nova visão da vida e até mesmo de uma nova missão em poder ajudar àqueles que são em nossa sociedade excluídos dos meios sociais, educacionais, familiares, religiosos e promover uma verdadeira inclusão social a partir do amor e da abertura ao próximo.

(Publicado no TG-DOXA no dia 10/06/2013)

Para conhecer um pouco mais sobre inclusão social leia o texto: A INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Atividades sobre o filme: A cor do Paraíso


O filme possibilita trabalhar muitas questões de valores e pode ser utilizado também para ajudar os alunos a construir uma boa interpretação de texto. abaixo produzi algumas atividades que podem ser utilizadas e adaptadas para este filme. Para respondê-las poderá ler a resenha que está disponível no marcador resenhas, ou clique aqui!


01) Marque a alternativa que apresenta o nome verdadeiro do protagonista do Filme: A cor do Paraíso.

a) Elham Sharifi
b) Farahnaz Safari
c) Mohsen Ramezani
d) Hossein Mahjub
e) Nenhuma das respostas acima

02) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. 

(a) Hossein Mahjub
(b) Salime Feizi
(c) Mohsen Ramezani

(___) Vivia com tranquilidade buscando uma interação com a natureza e a fé apesar de sofrer muito com os preconceitos.
(___) Trabalhadora. Essa pessoa não tinha medo de trabalhar e buscava amar e valorizar o dom que Mohammad tinha.
(___) Enfrentou algumas dificuldades com o filho, mas teve oportunidades de ligar novamente esse amor quando o viu sem vidas em seus braços.

03) O jovem Mohammad queria poder desabafar sua tristeza com Alá. Ele imaginava esse encontro todos os dias. Disse isso quando chorava ao contar sua história para o marceneiro. E nesse momento ele se lembrou de uma frase que seu professor tinha dito. Aponte a alternativa que apresenta a frase que Mohammad aprendeu com seu professor. 

a) Que Alá não gosta de cegos, pois a comunidade islâmica tem preconceitos.
b) Que o cego deve aprender a viver sozinho para não incomodar ninguém.
c) Que as escolas para cegos são mais importantes que as escolas tradicionais.
d) Que Alá ama mais os cegos porque não podem vê-lo.
e) Alá é visível e todas as pessoas podem vê-lo, menos os cegos.

04) De acordo com o segundo parágrafo do texto (a resenha) a linha condutora da história é: 

a) Sobre a morte da mãe de Mohammad que não teve tempo para se despedir do filho.
b) Todo pai aceita seu filho como ele é e Mohammad é uma exceção.
c) Que todo segundo casamento é bem-vindo mesmo com crianças deficientes no lar.
d) Sobre a relação entre pai e filho, as alegrias e dificuldades de uma relação baseada no preconceito.
e) Nenhuma das respostas acima.

05) Vamos lembrar do que aprendemos no filme sobre as alegrias e sofrimentos. Que todo sofrimento que temos em nossa vida pode nos ensinar alguma coisa boa. Coloque no quadro abaixo cinco sofrimentos e ao lado as alegrias (ou aprendizagens) que podemos ter com cada um deles.


SOFRIMENTOS
ALEGRIA/APRENDIZAGEM




















Resenha do Filme: A cor do Paraíso


Por Tiago Eurico de Lacerda

O filme conta a história de um garoto chamado Mohammad (Mohsen Ramezani), que vivia num colégio interno para cegos em Teerã, cidade distante do vilarejo onde vivia sua família: o pai (Hossein Mahjub), a avó (Salime Feizi), sua irmã maior (Farahnaz Safari) e sua irmã menor (Elham Sharifi). O filme foi produzido no Irã, em 1999, com roteiro e direção de Majid Majidi, que se tornou famoso depois da indicação de seu filme Filhos do Paraíso (1997) ao Oscar de filme estrangeiro.

A linha condutora da história perpassa pela relação entre pai e filho. Seu pai (Hossein Mahjub) é viúvo e reluta imensamente em aceitar o filho. Sua rejeição ao menino piora ainda mais depois da sua busca em contrair um novo casamento. A rejeição é devido o garoto de apenas 8 anos ser cego de nascença, o que envergonha o pai. Nas férias do colégio todas as crianças vão para casa para passar um tempo com a família, são três meses de descanso que se tornaram um grande pesadelo para Mohammad. Seu pai foi o último a buscá-lo no colégio, deixando que a angústia e o medo de não ser lembrado tomasse conta do garoto. Ao chegar lá o pai disse que não teria condições de levá-lo para casa. Pois já pensava na possibilidade do garoto atrapalhar os novos planos de casamento do pai. Outro empecilho era o preconceito da própria comunidade, pois as crianças que nascem com alguma deficiência são vistas como sinal de maldição na família a partir da cultura islâmica.

Em contrapartida o garoto é muito amado e querido pela avó e as irmãs. Mesmo assim seu pai o proibia fazer qualquer coisa que o colocasse em exposição, como ir ao colégio das irmãs. De tanto insistir, um dia a avó deixou que ele as acompanhasse e ele se saiu melhor na leitura que os colegas dessa classe. Mas ao sair da escola, seu pai que passava por perto o viu e ficou tão nervoso que resolveu colocar um ponto final nessa história antes que a notícia de um filho cego se espalhasse por todo o vilarejo. O pai resolve enviá-lo a um carpinteiro que também era cego para ajudar a Mohammad a aprender uma profissão e se virar sozinho. Na verdade estava querendo mesmo era se livrar da criança, o que causou grande tristeza na avó que adoeceu e logo veio a falecer. No mesmo tempo a família da noiva disse que a morte é um mau agouro e rompe o noivado deixando o pai de Mohammad desolado em sem esperanças. Nesse impasse ele vai ao encontro do filho, foi buscá-lo, mas na volta o garoto de desequilibra sobre o cavalo e cai numa correnteza forte que o leva rio abaixo.

O pai assistiu a cena pensativo, queria pensar melhor sobre o acontecimento, era uma oportunidade de se livrar do filho, mas resolve ir atrás do garoto e salvá-lo. Várias tentativas foram em vão dentro da correnteza até que em certo momento ele acordou do desmaio na beira da praia, onde avistou ao longe seu filho. Correu ao seu encontro e o abraçou, mas infelizmente nesse instante Mohammad já não tinha mais vida. Algo impressionante aconteceu. Uma luz pairou sobre a mão do garoto e ele começou a mexer com os dedos ao passo que termina o filme deixando várias possibilidades de interpretações.

(Resenha publicada no TG-DOXA no dia 10 de junho de 2013)

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